Adorei o jogo de Samoa batendo em Gales em sua casa. Pena, os comentaristas não falarem sobre a festa em q se transforma Cardiff nos dias dos jogos, q todos poe sua melhor roupa de festa e enchem os pubs e restaurantes, Um colorido na cor, nos sons, nos sabores. Os Galeses recebem muito bem os turistas de rugby e depois do jogo os pubs ficam abertos e a população cai na festa ate o sol raiar. Adoro Cardiff.
Mas que jogo monumental de rugby. Acostumados a ver Gales se impor frente aos seus mais ferozes adversários os samoanos provaram que para toda regra tem sua exceção. Dominaram plenamente as quebras de tackle, os rucks, com apenas um a dois jogadores, assim como atacavam como enxame azuis os contra-rucks. Seus backs passavam a bola praticamente parados e muito lateralmente, por muitas vezes, mas pondo o ponta com 3 a 5 metros de seu oponente. Chutes precissisimos entre 2 metros antes ou 2 metros depois da linha de 22 oposta. Muita velocidade e força nos tackles. Alias de ambas as partes muitos tackles extremamente técnicos com a puxada da perna e etc. outros eram como lancas sob o corpo adversário. No line out os samoanos também mostraram um timing melhor de line, muito uso do ultimo homem como preparação da plataforma de ataque. Enfim, foi um jogaço Parabéns Samoa pois com um orçamento muito inferior deram uma verdadeira aula de rugby eficiente. Muito mais dinâmico , o q faltou e muito aos Galeses que acostumados a dominar ou a fazer muita pressao em defesa, se mostraram inócuos e sem repertorio, de maneira ate um pouco amadoresca para uma equipe que venceu o ultimo Torneio de Seis Nações o campeonato mais importante entre as nações do hemisfério norte. Não teve a posse nem mostrou dinamismo, apesar da correria toda em defesa, e mesmo sem ser um time de perder tackles, como foram os escoceses contra NZ, Gales foi relativamente apática, não em disposição, mas em seus esforços de neutralizar Samoa. Os samoanos também saiam muito rapidamente das formações fixas, mauls e rucks, sempre, dando vida a bola. Provocando um verdadeiro flagelo para os forwards Galeses, enfim dominaram de forma clássica força e velocidade, velocidade e força e o jogo inteiro.
Confesso, que quando vejo TMO, tenho duvidas sobre a relevancia que assumiu. Muito alem de suas pretensões acredito. Tenho uma sensação negativa com relação ao seu desenvolvimento no jogo. Indiscutível a questão da qualidade da decisão e utilização de todo apoio técnico disponível pra acertar. e o apoio tecnológico , mas para mim a atuação dos juízos tem sido sofrível com relação a uma determinação do IRb dos anos 80/90 de que em caso de duvida o try sempre seria concedido. O try só não seria concedido caso tivéssemos a plena certeza, incontestável, de que não havia sido try. Esta tendencia de interpretação de que o try precisa ser evidente contraria todo o espirito do jogo. Na minha modesta opinião, isto tem sido desastroso para o desenvolvimento do esporte, nao apenas pelas consequencias que apresentsam, mas para o sinal equivocado que da aos praticantes, tecnicos e toda a comunidade apaixonada por rugby. No tocante aos árbitros, temos a triste impressão de que buscam eliminar o try de todas as maneiras possíveis. Como podem conceder o beneficio a equipe que não apresenta excelência nos fundamentos que levam a vitoria? Como podem beneficiar a equipe mais fraca? Como? Alguém por favor me responda. Isto me parece um grande engano, continuamente presente nos eventos internacionais. Tal liderança tem levado aos árbitros do certame nacional a apresentarem por forca do habito e do exemplo quase que um panico incontrolável e uma obsessão de demonstrar que não foi um try toda vez q os forwards fazem um pilling no in-goal, aquele amontoado de gente ao solo. Nunca concedem o try quando os forwards caem por sobre a bola. Ansiosamente, já decidem sem esperar ou ao menos se certificarem um pouco mais e correm da responsabilidade alegando sem ver se foi ou não try, ou quem estava sob a bola e quem não estava. Apitam por ansiá por medo, por ansiosamente já mostrando o sinal de bola alta com as duas mãos e consistentemente tem definido o scrum 5 e se negando a cumprir suas funções que são a de verificar o ocorrido. São muitos e o pior são exemplos aos demais. Em geral, no Brasil existe pouco entendimento da lei de vantagem justamente por esta ansiedade e no caso de alguns novos algumas leis do offside e da distancia dos 10 metros, penal-penal, penal ou scrum e ainda o offside acidental, virou tudo a mesma coisa ou nao virou nada. Leis fundamentais que não são aplicadas. Quando apontamos a eles tais erros insistem em demonstrar pelno conhecimento com muito mais brilhantismo do que demonstram quando da ocorrência das infracoes. Assim como o tackle atrasado e’ quase que impune no Brasil. Cabe ponderar a significância destas leis para a segurança dos atletas portanto em alguns casos, a escalação de árbitros inexperientes, pode ter complicações mais perigosas a integridade física dos atletas como causa extrema frustração aos atletas mais preparados. Para este caso repito que o programa de arbitragem deveria contar com mentorizacao de árbitros mais experientes aos mais novos e mais uma vez também me coloco a disposição para conseguirmos a adesão de árbitros que não atuam mais mas que possuem a devida qualificação técnica em melhorar os iniciantes que poderiam contar com um apoio adicional ao contrario do que ocorre atualmente. mesmo neste caso, ao contrario do que se possa pensar não e’ apenas a critica pela critica ou por tomada de lados, mas de alguém que ja participou muito neste tipo de formação e q se poe a disposição para ajudar na mudança.
Agora voltando ao ponto das anulações do TMO, “Existe alguma razão para q eu não conceda este try?” Nos casos em q nenhuma evidencia em favor da anulação foi encontrada, sempre deveria ser concedido o try. Em caso contrario tais decisões continuarão a impactar na forma de jogo e a punir equipes q demonstram superioridade em todos os aspectos mas por um detalhe, o try nao foi tao evidente por forca das circunstancias e acabou perdendo uma eliminatória ou ate mesmo uma final Lembro-me de duas ocasiões como na eliminação do Biarritz Olympique na Heineken cup do Ano passado e também no ano passado, na final do Super 10 do ano passado quando o TMO não precisou o try, mas também não havia evidencia em contrario. Logo, try.
A segunda razão que me causa tristeza com relacao ao TMO, e’ o TMO toma tempo demais, atualmente perde-se mais tempo com TMO do que em scrums, as vezes toma cerca de 6 minutos de um jogo e os scrums, segundo o Tabis, tomam cerca de 8 minutos.
Vi pedaços do Jogo da NZ cotra a Escócia achei os forwards escoceses fenomenais, e Grey sempre cresce em admiração pois e’ de uma humildade tamanha e jogador de uma qualidade em todos os aspectos do jogo. Adorei quando na saída de um penal das 22 de ataque um pouco depois , ele poe a bola humildemente no chão e cobra, sua atitude, não permite knock ons, não permite o juiz chamar um scrum por erro na reposição de bola, contrario do q vemos aqui, onde os jogadores fazem questão de cobrar, de forma ansiosa e apreensiva, com a bola no ar, e as vezes sem as devidas habilidades e negligenciando bolas que pareciam cruciais para suas equipes naquele momento do jogo. Incrível Grey obrigado por mostrar isto em tão alto nível. E’ por isto que amo este esporte. Até breve.
Miúdo
PS: Em hipótese alguma julgo estar certo sobre as posições que apresentam, mas seguramente tenho a certeza que apresento reflexões de um apaixonado pela continuidade, crescimento mas acima de tudo acredito que rugby é feito para gente de qualidade, acima das aspirações de excelência técnica somos do rugby somos modelos de conduta e valores. Ninguém é perfeito eu imagino, mas a direção indiscutivelmente em rugby e’ esta.